faz mais de dois anos que você sorriu diferente pra mim pela primeira vez. talvez uns dezoito meses desde que você se entranhou na minha vida aos poucos. pouco mais de um ano desde que eu te fiz chorar dizendo o que as duas queriam dizer mas tinham medo. e exatos trezentos e sessenta e seis (porque ano passado ganhamos um dia a mais) dias desde que eu fiz a pergunta que você já vinha esperando há um tempo.
a nossa história é complicada, e a gente nunca sabe muito bem quando foi que começou, não é, meu amor? pode ter sido no primeiro dia em que eu te vi, ou na primeira vez que você me elogiou, ou mesmo no primeiro beijo. talvez tenha sido na primeira briga, talvez no primeiro afastamento, talvez a gente só tenha começado mesmo depois do primeiro jantar. quem é que sabe, ou quem é que está contando?
então a gente levou nosso tempo (deus sabe que eu levei o meu), mas você sabe das minhas teorias sobre o tempo das coisas, não sabe? e a gente foi seguindo assim, aos poucos, ainda que isso às vezes te enfureça, e ainda que eu tenha que respirar fundo quando você pede pressa, porque a gente se dá a mão e segue passo a passo, lado a lado. porque o toque da sua pele me acalma, e seu sorriso é pra mim o alaranjado do céu no pôr-do-sol. você inteira me traz paz, e te olhar faz meu coração ficar apertado de saudade pelo momento em que meus olhos não estarão mais em você.
você sabe que eu odeio coisas bregas, mas você sabe também que meu amor por você é enorme, pequena. imenso, infinito, uma constelação toda de pequenos gestos pra te mostrar o que as palavras não comportam.
eu te amo. feliz aniversário.